Detalhes do Projeto

REABILITAÇÃO DO ALTAR-MOR, NAVE, CORO-ALTO DA IGREJA DO LORETO

Cliente: Fábrica da Igreja Italiana de Nossa Senhora do Loreto
Localização: Lisboa – Portugal
Ano de Conclusão: 2017

 

A empreitada consistiu na realização de trabalhos em três grandes zonas:
1) Torre sineira;
2) Altar-Mor;
3) Nave e Coro-Alto, esta última integrada na Nave.

Torre Sineira:
Os trabalhos consistiram na reabilitação, conservação e restauro dos sete sinos-cabeçalhos existentes na torre, cujo peso varia dos 42 Kg aos 620 Kg e o diâmetro  de 0,44m a 1,00m. Os seis sinos mais pesados pertencem ao modelo Carrilhão. A intervenção nos sinos em bronze, incluiu a sua remoção para realizar a conservação e restauro de todos os cabeçalhos de madeira e ferragens em aço (asa do sino, argolas, tirantes, alsas, eixos, badalo e badaleira) e posterior recolocação; Foi instalado um sistema de automatismo de toques com a colocação de martelos de picar, para assinalar eventos litúrgicos (missas diárias, missas festivas, toques de chamada, etc.). Este automatismo ficou ligado a GPS para acerto automático das horas verão/inverno e interligado a um relógio computadorizado que toca horas e meias horas. Foi também colocado no paramento exterior da torre sineira (alçado Poente – virado para a Rua da Misericórdia), um mostrador com 1,20 m de diâmetro, constituído por um par de ponteiros em alumínio pintado, dois aros e numeração romana em aço metalizado e pintado, ficando à vista o fundo da pedra da torre.

Altar-Mor e Nave, inclui Coro Alto:
Após montagem de uma estrutura complexa de andaimes do tipo “Layher”, em aço galvanizado e alumínio, esta foi revestida com rede dupla de cor branca, foram realizados trabalhos de limpeza, consolidação, integração volumétrica e cromática, conservação e restauro nas áreas das cantarias, talha, estuque tradicional, pintura mural, douramento, segundo as técnicas tradicionais e as boas normas de arte e princípios na área da conservação e restauro.
Foram removidas todas as argamassas incompatíveis (cimentícias) e aplicadas novas argamassas de cal e estuque segundo as metodologias tradicionais.
Foram removidos toda a cablagem e equipamentos que se encontravam sem uso e sem energia e reestruturados seis novos esquemas de quadros elétricos a partir do quadro elétrico principal. Foi montada nova tubagem e cablagem em abraçadeiras posicionadas na cornija superior. Onde a cablagem se encontrava à vista, foi utilizada tubagem de cobre, fixa em abraçadeiras de inox. Foi projetada uma estrutura elíptica (eixo maior = 14,70m e eixo menor = 6,90m) no âmbito de um projeto de luminotecnia e instalada uma iluminação que permite realçar através da projeção de feixes de luz controlados, o teto da autoria de Pedro Alexandrino de Carvalho (Séc. XIX) e elementos arquitetónicos e salientar algumas gravuras e pinturas canónicas distribuídas nos paramentos da nave. As luminárias tipo lustre com duas componentes, são constituídas na parte superior da elipse com tiras de LED de luz indireta e na parte inferior com 64 projetores esféricos de luz direta, permitindo uma regulação a 359°.
A estrutura da elipse situada a 10m do pavimento interior da nave é constituída por uma chapa de alumínio, calandrada e quinada, soldada e aparafusada, com reforços interiores por flanges soldadas e com divisórias no plano horizontal. Esta estrutura encontra-se suspensa através de um mecanismo situado no desvão da cobertura e é constituído por 12 pares de guinchos de manobra manual, por manivela, com mecanismo anti reversão de movimento, tracionando cabos de aço, trancados por cerra-cabos.
Foram também definidas soluções eletrotécnicas em todos os vãos de maneira a criar uma iluminação equilibrada no interior da nave.