EMPA conclui obras iniciais do Porto Sul em Ilhéus/BA

A EMPA, empresa do Grupo Teixeira Duarte, finalizou as obras iniciais do Porto Sul, em Ilhéus, Bahia, para a BAMIN. As obras compreenderam a construção dos acessos e caminhos de serviços do Terminal Portuário de Aritaguá e a Ponte sobre o Rio Almada.

A empreitada foi vencedora do 3º Prêmio InovaInfra 2022,  promovido pela Revista O Empreiteiro, na categoria “Estruturas”, com a metodologia inovadora utilizada nas obras de construção da Ponte, concebida exclusivamente para este projeto, com a utilização de um cantitraveller, que permitiu a execução da Ponte por lançamento e cravação de estacas, tramo-a-tramo, com vão único em console de 26,40m, eliminando 18 apoios provisórios e reduzindo significativamente o impacto ambiental.

Foram 252 toneladas de vigas definitivas, 1.000m³ de concreto e 500 colaboradores dedicados para que este desafio fosse concluído com êxito.

     

     

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Conheça o método construtivo utilizado

A obra foi executada com o auxílio de uma Plataforma de Apoio à Cravação de Estacas – cantitraveller, – que funcionou como estrutura provisória, composta de vigas metálicas (tipo caixão), plataforma de armazenamento e guia de cravação, sendo as estruturas definitivas da ponte (longarina, vigas e estacas metálicas e as pré-lajes) lançadas na passagem do equipamento.

Por meio deste equipamento, foram lançadas 252 toneladas de vigas e 1.000 m³de concreto, envolvendo cerca de 500 colaboradores, diretos e indiretos. Com a utilização do cantitraveller, com console único de lançamento de 26,40m, eliminaram-se os 18 apoios provisórios e reduziu-se significativamente o impacto ambiental.

O equipamento funciona apoiado nas estruturas definitivas, como viga travessa e estacas metálicas, por ele mesmo posicionadas, dando assim seguimento aos ciclos de deslocamento e avanço para execução de todo trabalho.

Após o lançamento das vigas, faz-se a cravação das estacas metálicas, lançamento e concretagem da viga travessa. As pré-Lajes dos tabuleiros também são içadas e lançadas por outro guindaste que circula sobre o tabuleiro construído, sendo a concretagem de consolidação realizada em fase posterior ao lançamento de todas elas no vão do tabuleiro.

Uma estrutura auxiliar suportada pelos pilares definitivos da ponte tem função principal de guiar os tubos metálicos das estacas na sua fase de cravação, sem recorrer a apoios adicionais para além dos pilares definitivos da ponte.

As vigas de apoio do equipamento, nesta obra da ponte em Ilhéus foram formadas por dois conjuntos de quatro vigas caixão.

A plataforma de armazenamento do cantitraveller neste projeto foi formada por um estrado de 14 m de largura por 13,5 m de comprimento, sobre o qual estavam uma grua e os martelos vibratórios e de percussão para cravação de estacas, além de outros materiais de apoio.

O movimento longitudinal no cantitraveller é realizado por cilindros hidráulicos e dispõe de travão mecânico. O guia de cravação de estacas tem sua movimentação também feita por cilindros hidráulicos.

Este Infografico ilustra todo o processo construtivo.

Além da expertise técnica, a EMPA empregou também seus principais valores para garantir o sucesso do projeto: engenharia, planejamento, compromisso, qualidade, segurança e responsabilidade ambiental.

Conheça todos os detalhes deste case de sucesso.

Evolução de Carreira e BIM foram destaque em palestra da Teixeira Duarte na Semana de Engenharia da UNESP – Campus Guaratinguetá

No  último dia 5 de dezembro, a Teixeira Duarte teve a oportunidade de promover uma palestra para os alunos do curso de Engenharia da UNESP, campus Guaratinguetá, durante a Semana de Engenharia da universidade. O evento contou com a participação dos engenheiros Laura Esteves e Luiz Büll.

Laura Esteves, Diretora de Projetos e especialista em Building Information Modeling (BIM) na Teixeira Duarte, abordou os avanços e inovações trazidos pelo BIM na indústria da construção e como ele transformou a gestão dos projetos na empresa. Sua palestra proporcionou aos alunos uma compreensão mais profunda da importância da transformação digital e da aplicação prática do BIM em projetos de engenharia e construção.

Já o engenheiro Luiz Büll, ex-aluno da UNESP e membro da equipe da Teixeira Duarte, compartilhou sua trajetória profissional desde os dias acadêmicos até sua posição atual. Ao discutir suas experiências pessoais, Luiz ofereceu uma visão autêntica dos desafios e oportunidades que os engenheiros enfrentam ao longo de suas carreiras.

Luiz também apresentou a Teixeira Duarte aos alunos, destacando a relevância da empresa no setor de engenharia e construção e sua multidisciplinaridade de atuação. Essa visão proporcionou aos estudantes uma compreensão aprofundada do ambiente de trabalho na Teixeira Duarte, sem perder de vista as várias possibilidades de crescimento profissional disponíveis.

A diversidade de tópicos abordados durante a palestra ofereceu aos alunos uma visão completa do setor de engenharia, desde as mais recentes inovações tecnológicas até as perspectivas de carreira oferecidas por empresas como a Teixeira Duarte.

A Teixeira Duarte e agradece à UNESP Guaratinguetá pelo convite e reafirma o seu compromisso em contribuir para um mundo melhor, começando pelo desenvolvimento educacional e profissional de jovens talentos na área de Engenharia.

Eng.º Pedro Teixeira Duarte

No passado dia 1 de novembro de 2023 – Dia de Todos os Santos – morreu o Senhor Eng.º Pedro Pereira Coutinho Teixeira Duarte, fato que deixa de luto a Empresa e cada um dos tantos que foram tocados – direta e indiretamente – por ele.

Mas deixa também a saudade e – com ela – a vontade de fazer mais e melhor, inspirados pelo seu trajeto.

Partiu com 105 anos de idade e mais de 105 descendentes. Um homem de Família, um Senhor na e para a Empresa e todos os que nela trabalharam. Uma figura ímpar como pessoa, como engenheiro, como profissional, como líder e como empresário.

Nascido em 24 de agosto de 1918, na Lourinhã, Pedro Pereira Coutinho Teixeira Duarte, foi o segundo de três irmãos filhos do Engenheiro Ricardo Esquível Teixeira Duarte, que fora o responsável pelo início da atividade da Teixeira Duarte em 1921.

A Engenharia estava no sangue e a Empresa era quase uma irmã mais nova.

 

Assim e depois de uma infância e juventude vividas em Lisboa, licenciou-se em Engenharia Civil, pelo Instituto Superior Técnico, em 1946, sendo Engenheiro Especialista em Geotecnia, em título outorgado pela Ordem dos Engenheiros.

 

Com essa formação, também ela ligada à gênese e à atividade da sociedade – que nessa data se designava de “Empresa de Sondagens e Fundações Teixeira Duarte, Lda.” –, o Eng.º Pedro Teixeira Duarte desempenhou vários cargos nas estruturas operacionais da Teixeira Duarte, desde Diretor de Obras de Sondagens, a Diretor de Obras e colaborador em Estudos e Projetos na área da Geotecnia e Engenharia de Fundações, até Diretor do Setor de Sondagens e mais tarde também Diretor do Parque e Oficina de Máquinas e Equipamentos.

 

Com a morte de seu Pai em 1959, assume o cargo de Gerente e Diretor Geral da Empresa, o qual manteria até 1987, data em que a Teixeira Duarte se transformou na Teixeira Duarte – Engenharia e Construções, S.A., passando o Eng.º Pedro Teixeira Duarte a ser presidente do Conselho de Administração até 2008, altura em que, já com 90 anos de idade, deixou de desempenhar qualquer cargo de gestão ou função operacional nas estruturas da Empresa.

 

Em paralelo e também até essa altura, foi Presidente do Conselho de Administração da sociedade da família que manteve o núcleo central acionistas da Empresa desde a sua constituição até aos dias de hoje, incluindo desde a entrada na bolsa em 1998.

 

Desde 1987 que o seu filho Pedro Maria Calainho Teixeira Duarte desempenhou o cargo de Administrador Delegado da Empresa, tendo-lhe sucedido na presidência do Conselho de Administração da Empresa e do Grupo em 2008, cargo que é atualmente e desde 8 de outubro de 2021, exercido por Manuel Maria Teixeira Duarte.

Durante os seus anos de liderança, apostou, promoveu e incentivou vários colegas que com ele trabalharam décadas no topo da Empresa e do Grupo, destacando-se o Eng.º Silvério Antunes Coelho, o Eng.º Marques Dionísio e o Dr. Manuel Ferreira.

 

 

Deus teve, desde sempre e até ao final, um papel muito relevante na sua vida e forma de a viver, bem como na sua postura empresarial, tendo inclusivamente sido presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) num conturbado período do pós-25 de abril, assumindo com coragem e determinação os caminhos que entendeu serem os certos independentemente das circunstâncias.

 

Quis sempre que a Empresa tivesse uma relação impactante com o “próximo” e que fosse um parceiro na sua área de atuação pela forma como colaborou com entidades públicas em projetos e estudos relevantes – incluindo a excecional relação de cooperação com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil –, como promoveu o estudo e o ensino destes temas, realizando diversos ciclos de lições e conferências sobre temas de Geotecnia e Engenharia de Fundações, pelas ligações que manteve sempre com a Ordem dos Engenheiros, e ainda pela forma, como na sua atividade, lidou com os clientes, fornecedores, colaboradores e concorrentes, tendo integrado desde muito cedo associações do setor da construção, sendo ainda hoje a Teixeira Duarte membro da AICCOPN.

 

Sem prejuízo disso e apesar do enorme crescimento que a Empresa foi tendo e do Grupo econômico que nasceu da sua gênese de engenharia – hoje com 9.500 trabalhadores, em 22 países, operando em 6 setores diferentes – manteve sempre uma postura discreta, focada e de acompanhamento dos temas da Empresa, sendo que até ao final da sua vida foi participando nos eventos comemorativos da vida da Teixeira Duarte.

 

Marcou também a Empresa pela vivência de décadas daqueles que são os seus valores: Engenho, Verdade e Compromisso e permitiu que nela muitos possam ainda hoje continuar a fazer, contribuindo para a construção de um mundo melhor: a missão da Teixeira Duarte.

 

Em 2006, foi agraciado, pelo então Presidente da República de Portugal, Jorge Sampaio, com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

 

Sem prejuízo desse reconhecimento pela figura máxima do Estado Português, o Engenheiro Pedro Teixeira Duarte deixa a várias gerações marcas fortes:

Como Pessoa, o que mais se ouve dizer é que era muito humano, um homem de família, honesto, empático, de elevada educação e grande descrição, era um homem sereno, atento, humilde e disponível;

 

Como Engenheiro, era-lhe reconhecida a paixão pela ciência, a aplicação da ciência à prática; o engenho, a criatividade, a inovação e o gosto de ver essas características nos outros, dando-lhes as oportunidades para essa criação e novidade;

 

Como Profissional, pautava o seu comportamento pela verdade, pelo rigor, pela atenção em ouvir os colegas, pela humildade, pela vontade de aprender, sem receio de delegar em quem reconhecia capacidade, sem nunca se eximir da responsabilidade; era também muito disponível e perfeccionista;

 

Como Líder, liderava pelo exemplo e pela humildade, alimentando admiração e respeito de todos e, dessa forma, uma confiança e vontade de o acompanhar nos desígnios que assumiu e nos desafios para onde levou e fez que levassem a Teixeira Duarte;

 

Como Empresário, era um homem de palavra, de compromisso, com sentido de missão, que pretendia uma empresa ética, focada nas pessoas, na empregabilidade e no sentido de coletivo acima do individual.

 

Estas são algumas das estacas com que criou as fundações da sua Família, da sua profissão, da sua liderança, da empresa e nas quais construiu relações excepcionais de enorme respeito, estima, gratidão, empatia, admiração, inspiração e, sobretudo, humanidade e profissionalismo, que acumuladas com a sua excepcional longevidade fizeram dele uma figura ímpar da engenharia portuguesa e sobretudo, a todos nós, o orgulho de o podermos chamar de “nosso” Presidente e, também dessa forma, o fazermos presente e assim, juntos, continuarmos a contribuir para a construção de uma Teixeira Duarte melhor!

 

Bem haja e obrigado Senhor Engenheiro Pedro Teixeira Duarte!

IMPLEMENTAÇÃO DO BIM NA TEIXEIRA DUARTE É DESTAQUE EM ARTIGO DA REVISTA ESTRUTURA.

A indústria da construção está passando por uma revolução digital, e a Teixeira Duarte está na vanguarda dessa transformação.

Diretora de Projetos da Teixeira Duarte, a engenheira técnica civil Laura Esteves, aceitou o convite da Revista Estrutura e compartilhou insights valiosos sobre a transição da Teixeira Duarte dos métodos convencionais para a digitalização, especificamente com a adoção do Building Information Modeling (BIM).

ENFRENTANDO DESAFIOS COM INOVAÇÃO
A construção enfrenta desafios diversos, desde mudanças econômicas até preocupações ambientais. Nesse contexto, a Teixeira Duarte identificou uma oportunidade para diferenciar-se no mercado. A adoção do BIM representa um passo estratégico em direção à melhoria da eficiência, aumento da produtividade e garantia da excelência na qualidade final de suas obras. 

Essa integração de tecnologias avançadas de modelagem e colaboração não apenas moderniza as operações, mas também coloca a empresa na vanguarda da transformação na construção.

UMA HISTÓRIA DE INOVAÇÃO

Para entender a abordagem inovadora da Teixeira Duarte, é importante observar sua história de pioneirismo. Desde o início da sua atividade, em 1921, liderada pelo Eng. Ricardo Esquível Teixeira Duarte, a empresa tem se destacado por desenvolver soluções engenhosas para superar desafios específicos. 

Naquela época, importar equipamentos era uma tarefa difícil, o que levou o fundador a criar suas próprias soluções adaptadas às necessidades de cada obra. Essa cultura de inovação persistiu ao longo dos anos, resultando em um histórico de invenções  que ultrapassaram as limitações das tecnologias disponíveis no mercado.

PENSANDO NO FUTURO

Além de destacar a história de inovação da Teixeira Duarte, o artigo de Laura Esteves também enfoca a necessidade urgente de mudança no setor da construção, em busca de mais produtividade, sustentabilidade nos negócios, cumprimento de custos e prazos, além de gestões mais rigorosas de cada etapa dos projetos e descarbonização do setor.

A transformação é essencial para a evolução da construção, por isso, a Teixeira Duarte tem  um compromisso com a otimização e busca incessante pela excelência. 

A revista Estrutura é uma publicação da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural – ABECE.

Clique aqui para ler o artigo completo e descubra como o BIM está transformando os processos da Teixeira Duarte.

Teixeira Duarte foi destaque no ranking 2023 da revista O Empreiteiro e Fórum Infra 2025

A Teixeira Duarte foi destaque no Ranking da Engenharia Brasileira – 500 Grandes da Construção e Fórum Infra 2025, da revista O Empreiteiro.
A revista O Empreiteiro é uma referência no segmento de Infraestrutura, construção e engenharia. Ela é responsável pelo Fórum Infra 2025, evento que reúne as Concessionárias mais importantes do país e operadoras globais.

Em depoimento à revista, Paulo Serradas, administrador da Teixeira Duarte no mercado da construção da América Latina, frisou os valores que norteiam os projetos da empresa:

“Tendo como missão “Fazer, contribuindo para a construção de um mundo melhor”, a Teixeira Duarte está empenhada em desenvolver obras que sejam capazes de impactar positivamente a vida daqueles que são beneficiados por elas e comprometida com o crescimento sustentado de todos os mercados onde opera”

Também destacou o desempenho multissetorial da Teixeira Duarte, que atua em todas as áreas da engenharia e utiliza a sua experiência de mais de 100 anos para trazer aos projetos maior valor em todas as fases, desde a pré-construção, até a execução e manutenção das obras, além de contar com equipamentos próprios– o que realmente se torna diferenciador no mercado.

Além disso, 5 obras executadas pelo Grupo Teixeira Duarte foram destaque em palestras do Fórum Infra 2023, ministradas por alguns dos seus clientes: Aena (pelos Aeroportos de João Pessoa e Campina Grande), Vinci Airports (pelos Aeroportos de Boa Vista e Porto Velho) e BAMIN (pelas obras iniciais de acesso ao Porto Sul e Ponte sobre o Rio Almada).

Este reconhecimento só acontece devido ao comprometimento do nosso time de alta performance e à confiança de nossos clientes e parceiros. Vamos juntos construir um mundo melhor.

Você pode acessar a versão completa da revista clicando aqui. Ná página 44 você encontra o depoimento de Paulo Serradas, administrador da Teixeira Duarte no mercado da Construção da América Latina.

Ponte Hercílio Luz 5

Case de sucesso – Restauração e Reabilitação da Ponte Hercílio Luz

Cartão postal de Florianópolis, Santa Catarina, a Ponte Hercílio Luz é a maior ponte pênsil do Brasil, a terceira maior da América Latina e uma das maiores do mundo. É também considerada Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico nacional.

Maior obra de arte suspensa do Brasil e único exemplar no mundo com sistema de suspensão com barras de olhal, utilizando a estrutura treliçada como parte integrante, numa extensão total de cerca de 820 metros, tendo o vão central um comprimento de 340 metros.

 

Em 1991, devido a falhas estruturais que comprometiam sua segurança, a Ponte Hercílio Luz  foi interditada, e permaneceu assim por 28 anos. Até que a expertise do Grupo Teixeira Duarte tornou possível sua reativação. 

Para isso, foi determinante o trabalho sério e comprometido da Teixeira Duarte que, fiel aos seus valores e missão,  honrou seu compromisso com o Estado de Santa Catarina. Assim, tornou possível a reabertura desta obra de arte dentro dos prazos acordados e cumprindo com todos os padrões de qualidade e segurança exigidos.

Sobre a Obra

Durante o projeto de restauração e reabilitação da Ponte, a Teixeira Duarte substituiu nesta obra  mais de 2.200 toneladas de estruturas metálicas, instalou 900 toneladas em estruturas provisórias de apoio e 2.100 toneladas de novas estruturas.

Todas as fundações da ponte ganharam reforços estruturais.

A Empresa projetou uma ensecadeira metálica para reforçar a base dos pilones, que se mostrou primordial para o processo.

Ao longo desta obra também foram realizadas inúmeras transferências de carga, que acompanharam as diversas desmontagens e montagens de elementos metálicos.

Transferência de Carga Inicial

Para a transferência de carga inicial, a Empresa dividiu o processo em etapas, sempre acompanhadas de complexo sistema de monitoramento de deslocações e tensões. Em todas essas as etapas, os desvios verificados entre o modelo teórico e as reações medidas na ponte nunca ultrapassaram a tolerância de 10%, definida pelo projetista. Isto permitiu cumprir o cronograma, sem atrasos.

Sistema de Suspensão

sistema de suspensão da ponte também foi completamente substituído. Assim, a substituição incluiu  mais de 5.500m³ de plataforma suspensa, 360 barras de olhal, 28 cabos pendurais, 4 selas, além da aplicação de mais de 210 mil novos rebites, por exigência do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Substituição de Selas e Rótulas

substituição das selas foi mais um procedimento complexo. Fabricadas por fundição em aço especial, cada uma pesava mais de 7 toneladas. Seu peso, seu posicionamento e os meios de elevação necessários para a sua movimentação fizeram com que a substituição fosse tão dificultosa, inclusive necessitando o acompanhamento de uma equipe de alpinistas.

Já as rótulas foram substituídas por peças com as mesmas formas e dimensões, também por exigência do IPHAN. Cada uma pesava mais de 17 toneladas. Assim, tornou sua substituição uma das operações de maior complexidade e risco.

Maciços

Quanto ao novo maciço continental, a Teixeira Duarte apresentou uma solução adequada à imposição do IPHAN, economicamente favorável e compatível com o atual traçado da Via Beira-mar Continental, à demolição integral do maciço existente e à reconstrução baseada nas dimensões originais. Já do lado da Ilha, onde não existiam restrições impostas pela proximidade das vias de comunicação, o maciço de ancoragem foi reforçado.

Barras de Olhal

Para processo de montagem das barras de olhal, um dos mais complexos, a Teixeira Duarte desenvolveu um dispositivo auxiliar, permitindo o ajuste e a centricidade do furo exigida para a montagem dos últimos dois pinos.

Transferência de Carga

Depois de todos os pendurais montados, deu-se início à transferência de carga final, realizada em duas etapas distintas.

A primeira consistiu em baixar a treliça em 4 passos de 110 milímetros.

Já a segunda fase incluiu a montagem das passarelas e do estrado da pista rodoviária, até a estrutura provisória de sustentação inferior ser liberada e a ponte voltar a estar suspensa em um novo sistema de barras e pendurais.

Pintura

Para a finalização da obra, foram executados cerca de 70.000m² de pintura. Além disso, quase toda a estrutura metálica da ponte foi jateada a seco.

Reabertura da Obra

Tudo isso para que no dia 30 de dezembro de 2019,  a ponte fosse reaberta, após tantos anos de interdição. Conforme compromisso firmado pela Teixeira Duarte, a obra foi entregue na data acertada, seis meses antes do prazo contratual.

 

Websérie – Processo de Reabilitação da Ponte Hercílio Luz

Diante da diversidade e complexidade dos trabalhos, todas as etapas e processos realizados na restauração e reabilitação da Ponte Hercílio Luz foram documentadas. Assim, a Teixeira Duarte desenvolveu uma websérie, lançada no seu canal do Youtube.

Você pode assistir a todos os episódios acessando aqui.

A Teixeira Duarte utilizou técnicas de construção modernas para tornar essa restauração possível,  inclusive com estruturas de suporte transportadas por via marítima. Além disso, toda esta obra de reabilitação foi comparada à complexidade da construção de uma ponte do zero.

Para a Teixeira Duarte é um imenso privilégio e motivo de muito orgulho ter realizado a restauração e reabilitação da Ponte Hercílio Luz. A despeito de toda a sua grandiosidade e complexidade, a obra executada respeitando a sua história e relevância, contribuindo para que essa obra emblemática de Santa Catarina esteja novamente acessível.